O professor Paulo Ronca, membro da Comissão de Justiça e Paz, Professor Doutor em Psicologia Educacional pela UNICAMP e também diretor do Instituto Esplan de Psicologia, Pedagogia e Fonoaudiologia em sua obra "A aula Operatória e a Construção do Conhecimento" ressalta que a forma operatória de aulas não é nenhuma novidade, afinal professores tão antigos quanto os gregos já praticavam algo semelhante. Entretanto, tal aboradagem parece ter ficado de lado na prática pedagógica da maioria dos professores nos últimos 50 anos. A aula operatória trabalha com a INTERAÇÃO do aluno durante a aula, colocando-o como parte atuante no processo de construção do conhecimento coletivo e individual. Professor Ronca resume a aula operatória em 4 passos básicos: Sondagem, Problematização, Sistematização do Conhecimento e Generalização/Aplicação.
1 - Sondagem - é a busca do conhecimento prévio do aluno. Que idéias o aluno traz a respeito do conteúdo a ser dado, que experiências, que habilidades, representações, hipóteses, noções, que conceitos o aluno tem desse conteúdo. Pode haver inclusive trocas das representações entre os pares.
2 - Problematização - provoca o desequilíbrio, desperta a curiosidade do aluno, desafia-o, faz querer saber mais sobre o conteúdo. Esta fase é chamada de "conflito cognitivo" por Ausubel. Usar técnicas como: debates, pesquisas, jogos, dinâmica diversas. É a hora do desenvolvimento de algumas habilidades: análise, comparação, comentários, críticas, etc.
3 - Sistematização do Conhecimento - é o momento em que o professor "amarra" com o aluno o que ele traz: resumos, sinopses, aula expositiva, fórmulas, etc. O professor organiza as idéias do grupo, construindo o conceito novo.
4 - Generalização e Aplicação - é necessário que toda a aula tenha uma aplicação no cotidiano. "De que valem todos os bens da cultura e todos os estudos do universo se o aluno não os endereçar para a melhoria das suas condições de vida?"
Você sabe quando usar
planos, atividades, sequências ou projetos?
Para preservar o sentido do
conteúdo, evitar sua fragmentação e distribuir os temas em função do tempo de
aprendizagem, o ensino pode ser organizado de acordo com as chamadas
modalidades organizativas. NOVA ESCOLA utiliza essa abordagem. Abaixo, você
confere um resumo sobre cada uma das modalidades:
Plano de aula Forma de organizar a aula com
foco numa atividade específica (leitura exploratória de um texto, resolução de
um tipo de um tipo de problema matemático etc.). Como dura apenas uma aula,
costuma ser usado para apresentar um conteúdo ou explorar um detalhe
dele.
Atenção Não se esqueça de incluir uma
atividade diagnóstica inicial (para verificar os alunos sabem sobre o assunto)
e uma avaliação final (para indicar o que aprenderam).
Sequência didática Conjunto
de propostas com ordem crescente de dificuldade. O objetivo é focar conteúdos
particulares (por exemplo, a regularidade ortográfica) numa ordenação com
começo, meio e fim. Em sua organização, é preciso prever esse tempo e como
distribuir as sequências em meio às atividades permanentes e aos projetos.
Atenção É comum confundir essa modalidade com o
trabalho do dia a dia. A questão é: há continuidade? Se a resposta for não,
você está usando uma coleção de atividades com a cara de sequência.
Atividade permanente Também
chamada de atividade habitual é realizada regularmente (todo dia, uma vez por
semana ou a cada 15 dias). Ela serve para construir hábitos e familiarizar os
alunos com determinados conteúdos. Por exemplo: a leitura diária em voz alta
faz com que os estudantes aprendam mais sobre a linguagem e desenvolvam
comportamentos leitores.
Atenção Ao planejar esse tipo de tarefa, é
essencial saber o que se quer alcançar, que materiais usar e quanto tempo tudo
vai durar. Vale sempre contar para as crianças que a atividade em questão será
recorrente.